Entenda a importância do Mapa de Risco e quais os passos para elaborar
O Mapa de Risco é uma representação gráfica da distribuição dos riscos presentes nos ambientes de trabalho, sejam eles ambientes da produção, diretamente ligados a ela e até mesmo com pouco ou nenhum contato com as linhas de atividade produtiva. Portanto, escritórios, salas de reuniões, banheiros e corredores também devem ser contemplados na representação.
O Mapa de Risco é mais um parceiro interessante em favor de ações de Segurança do Trabalho na empresa.
![](http://nwn.cdnfacil.com.br/wp-content/uploads/2012/02/Mapa-de-Risco.jpg)
O Mapa de Risco dos ambientes devem ser reproduzidos e fixados nos diferentes ambientes, em locais acessíveis e de fácil visualização, para informação e orientação de todas as pessoas, tanto das que trabalham em cada um dos ambientes, como das que possam vir a transitar por esses locais, em relação às principais áreas de risco.
No Mapa de Risco são usados círculos de cores e tamanhos diferentes para mostrar os locais, as intensidades e os fatores que podem gerar condições de risco e perigo e consequente possibilidade de acidente de trabalho.
Você já teve contato com algum mapa de riscos? Conhece suas metodologias, sabe qual a importância deles para uma empresa? Acompanhe o post e vamos nos aprofundar um pouco mais no tema!
Como deve ser a simbologia usada em um Mapa de Risco?
O Mapa de Risco consiste em uma planta baixa reproduzindo o layout do ambiente analisado, com ícones diferentes indicando a localização dos riscos. São utilizados círculos como padrão, e suas características indicam, sempre com uma legenda, como os perigos se manifestam no local.
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As cores dos círculos indicam os grupos de risco conforme sua natureza. Entre riscos físicos, biológicos, químicos, ergonômicos e de acidentes, são assim determinadas:
Físicos: ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações e vibrações — cor verde;
Biológicos: fungos, vírus, parasitas, bactérias e protozoários — cor marrom;
Químicos: poeiras, fumos, gases, névoas, substâncias compostas e químicos em geral — cor vermelha;
Ergonômicos: esforço físico, postura inadequada, repetitividade nas tarefas e outros causadores de stress físico ou psíquico — cor amarela;
Acidentes: iluminação inadequada, possibilidade de incêndio ou explosão, eletricidade, equipamentos sem proteção, quedas e animais peçonhentos — cor azul.
Um mesmo círculo pode conter várias cores, o que significa que num mesmo ponto há dois ou mais riscos presentes. A divisão é feita no formato de pizza e não deve influenciar em qualquer ampliação ou redução do ícone, já que o tamanho dele tem outra função.
Os diâmetros dos círculos são responsáveis por informar a intensidade do risco que ali se manifesta e são categorizados entre pequenos, médios e grandes. Conforme o tamanho do ambiente, caso seja necessário indicar locais mais amplos para determinados riscos, setas podem ser usadas para, de certa forma, preencher os espaços sem poluir visualmente.
Qual é a importância de um mapa de riscos para uma empresa?
O desenvolvimento do Mapa de Risco na empresa é estabelecido através da NR (Norma Regulamentadora) 5.
Determinou-se que as CIPAs (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) das empresas são as responsáveis por elaborar os Mapas de Risco com a participação do SESMT (onde houver), mas, sempre com participação de todas as pessoas expostas aos riscos nos ambientes analisados. Eles são as estrelas da elaboração do Mapa de Risco.
![](http://nwn.cdnfacil.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Lupa.png)
Desde o processo de elaboração, o Mapa de Risco têm função de diagnóstico, alerta e conscientização dos funcionários da empresa. E não se limitam a apresentar e apontar os perigos encontrados, mas também abordam questões de postura e comportamento, contribuindo para o desenvolvimento de soluções e incentivando a eliminação ou o controle dos riscos.
A quais as penalidades estão sujeitas as empresas que não têm um mapa de risco implementado?
As empresas que não elaboram, não atualizam ou não fixam os Mapa de Risco nos locais de trabalho, estão sujeitas a multas. Você pode estar pensando “ah Nestor, mas, minha empresa não tem CIPA”…
As empresas que não possuem CIPAs não se livram das multas previstas pela NR 1, item 1.7, letra “A”. Devem, no caso, contar com um profissional capacitado ou com uma consultoria em Segurança do Trabalho para construírem seu ou seus mapas de risco, não importando qual seu porte, quantidade de funcionários ou segmento.
Quais são os passos na construção de um mapa de riscos?
O primeiro passo para se ter um mapa de riscos é ter desenhados os layouts dos ambientes a serem analisados. Isso pode ser feito usando a planta baixa (nunca tive essa sorte) em projeto ou mesmo desenhando ele (sempre fiz os meus assim).
De posse deles deve-se partir para a avaliação dos riscos, que ditará o conteúdo do mapa. Após a avaliação definem-se os círculos, seus posicionamentos, tamanhos, cores e demais recursos de representação.
Vale lembrar que o Mapa de Risco é composto apenas de avaliações qualitativas, afinal, ele é uma atribuição originalmente da CIPA, lembra?
Passadas as etapas de elaboração, é necessário informar os dados técnicos e orientar as pessoas que utilizarão o mapa como referência. Tais informações deverão preencher a legenda do mapa e incluem desde o significado das cores até a apresentação dos responsáveis, não precisa ter assinatura, mas, pelo menos apresentação dos setores elaboradores que normalmente são CIPA e SESMT conforme previsto pela NR 5.
Veja aqui, com detalhes, o passo a passo para se fazer um mapa de risco.
E então, conseguiu compreender a importância dos mapas de riscos? Ficou alguma dúvida quanto à sua utilização, aos passos para sua construção, ou ainda tem alguma experiência que gostaria de compartilhar? Deixe um comentário!
“Essa matéria foi escrita pelo Nestor do blog Segurança do Trabalho nwn“
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